Edson Amâncio nasceu a primeiro de janeiro de 1948, em Sacramento-MG, e vive em São Paulo. Pertence à nobre estirpe de escritores (infelizmente em extinção) da qual fazem parte Machado de Assis ("Quincas Borba", "O alienista"), Graciliano Ramos ("Angústia"), Dyonelio Machado ("Os ratos", "O louco do Cati") e Dostoiévski ("Notas do subsolo", "Memórias da casa dos mortos").
Graduado, mestre e doutor em Medicina, Edson Amâncio integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein (São Paulo). Como cientista, tem estabelecido ‘pontes’ entre Ciência e Arte, as duas fronteiras de resistência da civilização ao declínio e à barbárie. Quer como neurocientista, quer como ficcionista, realiza uma profunda e incisiva prospecção nos “modos difusos da Alma”.
Sua estreia literária deu-se com os contos de Em pleno delito (1986), vindo a seguir Cruz das almas (romance, 1988), Pergunte ao mineiro (crônicas, 1995) e Minha cara impune (romance, 1997), que obtiveram excelente recepção por parte da crítica especializada. O reconhecimento do público, entretanto, só chegou em 2006, com a obra O homem que fazia chover e outras histórias inventadas pela mente, na qual discorre sobre as ligações ainda obscuras entre distúrbios psíquicos e genialidade e comentam-se casos clínicos bizarros de pacientes comuns e de mestres como John Nash, Bill Gates, Mozart, Van Gogh, Flaubert, Machado de Assis e Virginia Woolf. O que o leitor encontrará nas páginas do Diário de um médico louco, o novo romance de Edson Amâncio?
“E é isso que se constatará a seguir: o relato de um louco que soa como uma câmara de ecos, que é a própria ordem da literatura contemporânea. (...) Na esquizofrenia de eus, a própria literatura e a biblioteca de Babel que vai se presentificando...” (Ademir Demarchi)
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