Sant’Ana Pereira nasceu em Santarém do Pará (1936).
Já na estreia, com Os Palmitais (1990, Ed. Cejup, Belém-PA), atrai a atenção do público e da crítica no Pará.
Invenção de Onira, ora relançado pela LetraSelvagem, teve 1ª edição em 1988, em Belém do Pará, seguindo-se uma 2ª edição em 1998, ambas pela Ed. Cejup. Em 2000, veio a lume o romance Os Saparás e, em 2005, A Torre de Diaphanus, que consolidaram a reputação deste romancista da Amazônia.
Pode-se afirmar, sem exageros, que, depois de vinte anos de seu aparecimento, Invenção de Onira tornou-se um "clássico" da literatura realizada na Amazônia brasileira, apesar de pouco conhecido no restante do Brasil, fenômeno aliás corriqueiro num país de dimensões continentais como o Brasil, onde os centros do Sudeste-Sul, que se arrogam o poder de escalar ao que se deve ou não dar atenção, relegam quase sempre ao esquecimento o que de melhor se faz nas por eles chamadas "periferias", esquecendo-se porém de que é das culturas "periféricas" que chega muito do que, ao longo do tempo, se impõe como algo de verdadeiramente novo.
Daí que a reedição pela LetraSelvagem deste maravilhoso romance de Sant’Ana Pereira, Invenção de Onira, significa um ato de coragem e rebeldia frente a uma situação que há décadas asfixia as forças criativas vivas do Brasil.
Leia também sobre Sant´Ana Pereira:
» Hernâni Donato
Hernâni Donato já foi chamado de "o homem dos sete instrumentos". Isto porque, aos 89 anos de idade, membro da Academia Paulista de Letras, é autor de mais de 70 livros, nos mais variados campos da atividade humana, indo da literatura infanto-juvenil à biografia, da historiografia aos costumes, da pesquisa à divulgação científica. Entre as numerosas traduções que realizou, destaca-se a da "Divina Comédia", de Dante Alighieri, em prosa e para divulgação entre o povo. Mas foi no romance que se deu a perfeita combinação do observador minucioso, na linha do cientista social, com o escritor de estilo claro e elegante. É o autor de "Selva Trágica", "Chão Bruto", "Rio do Tempo", "O Caçador de Esmeraldas" e "Filhos do Destino", sucessos editoriais nas décadas de 1950 e 60. Alguns críticos, como Abdias Lima (“Correio do Ceará”, 2/2/1977, Fortaleza, CE), aproximaram Hernâni Donato de Erskine Caldwell e John Steinbeck, a geração norte-americana da revolta, o Caldwell de "Chão Trágico" e o Steinbeck de "As Vinhas da Ira".
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