José Genoino - uma vida entrevista

Salvio Kotter / Nicodemos Sena - R$89,70 (208 págs.)

Este livro é fruto de uma extensa entrevista concedida por José Genoino, em novembro de 2022, acrescida de conversas posteriores, aos escritores e editores Salvio Kotter e Nicodemos Sena. Livres das restrições impostas pelo espaço limitado dos veículos tradicionais de imprensa, os editores puderam desvelar aspectos até então desconhecidos da trajetória e personalidade de uma das figuras mais emblemáticas da política brasileira. (Continue lendo)

José Genoino Neto nasceu em 3 de maio de 1946 no encantador vilarejo do Encantado, em Quixeramobim, sertão do Ceará. Ainda na tenra idade de 14 anos demonstrava uma curiosidade imensa e uma inextinguível sede de conhecimento. Guiado pelo lendário padre Salmito à cidade de Senador Pompeu e, posteriormente, encaminhado para Fortaleza. Ao atingir a maturidade, aos 18 anos, movido por uma crença inabalável em um mundo novo pautado pelos ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade”, Genoino partiu, já na clandestinidade, para o conflito que definiria todos os contornos de sua existência marcada por desafios e conquistas: a Guerrilha do Araguaia. Sobrevivente da guerrilha e das atrocidades sofridas nos porões da ditadura militar, Genoino alcançou os ápices de reconhecimento como um dos legisladores de maior destaque e respeitabilidade na ala progressista brasileira. Cumpriu sete mandatos de Deputado Federal, sendo um deles como notável constituinte. Contudo, em 2005, o caso do "mensalão" o colocou em um contexto de vilificação e ostracismo, o qual somente foi completamente superado no ano de 2023, quando foi absolvido das acusações injustas, permitindo-lhe, mais uma vez, reafirmar a integridade de seus princípios e convicções. Este trabalho busca transcender a simples narração das vicissitudes vividas por José Genoino, aspirando a iluminar as corajosas e altruístas batalhas empreendidas pelo povo brasileiro contra uma era sombria marcada pela repressão militar, que se estendeu de 1964 a 1985. Porque o livro não narra só a história de um homem mas de uma geração resistente que moldou a história contemporânea do Brasil. (Texto das orelhas).