Afirmam alguns que a poesia não serve para nada. Poderia ser verdade, mas não é. Poesia não serve para nada... a não ser para a essência do ser, para o essencial da vida. O poeta tem o olhar que reflete, não o que mede. O olhar que mede é preconceituoso – o poeta é aquele que a rigor não tem preconceito algum. Outra coisa: o artista não tem que ter pressa, não tem que ter carência e ânsia de ser reconhecido. Literatura? Arte e cultura? Só se não der para escapar. Se for só para pensar em conquistar fama, sucesso e dinheiro (ou, como se diz brincando, vinho, mulheres e música), não vale o sacrifício. Porque é esforço, sacrifício e dedicação o tempo todo. Parece uma vida só de beleza e felicidade. Mas não é. E, ao mesmo tempo, é.
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*OLGA SAVARY é escritora (poeta, ficcionista, crítica, ensaísta), tradutora e jornalista. Integra mais de 900 livros pessoais e coletivos, entre os quais Repertório Selvagem – Obra Reunida, pela Biblioteca Nacional, vários Dicionários de Escritores, Guias e Enciclopédias Literários. Convidada, é a única brasileira a constar da antologia Poesia da América Latina (entre apenas 18 poetas e dois Prêmios Nobel: Neruda e Octavio Paz) editada em 1994 na Holanda, das antologias Os Cem Melhores Contos do Século e Os Cem Melhores Poemas do Século, organizadas pelo Professor Ítalo Moriconi para a Ed. Objetiva, 2000.
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» Álvaro Alves de Faria
Já em 1971, ano da primeira edição do romance "O Tribunal" (Editora Martins-SP), Álvaro Alves de Faria, com apenas 29 anos de idade (nasceu em São Paulo em 1942), era considerado “um dos escritores jovens mais conceituados” do Brasil, como informa o jornalista Durval Monteiro nas orelhas do livro. Da Geração 60 de Poetas de São Paulo, Álvaro Alves de Faria publicou mais de 50 livros, incluindo poesia, novelas, romances, ensaios literários, livros de entrevistas com escritores e é também autor de peças de teatro, entre elas "Salve-se quem puder que o jardim está pegando fogo", que recebeu o Prêmio Anchieta para Teatro, um dos mais importantes dos anos 70 do Brasil. Como poeta, recebeu os mais significativos prêmios literários do país. É traduzido para o inglês, francês, japonês, espanhol, italiano, servo-croata e húngaro.
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