Editora LetraSelvagem

Editora e Livraria Letra Selvagem

Literaura Brasileira

Os melhores escritores do Brasil

Ricardo Guilherme Dicke

Romance, Poesia, Ficção

Deus de Caim

Olga Savary

Nicodemos Sena

Edivaldo de Jesus Teixeira

Marcelo Ariel

Tratado dos Anjos Afogados

LetraSelvagem Letra Selvagem

Santana Pereira

Sant´Ana Pereira

Romance

Nicodemos Sena

Invenção de Onira

A Mulher, o Homem e o Cão

A Noite é dos Pássaros

Anima Animalista - Voz de Bichos Brasileiros

A Espera do Nunca mIas (uma saga amazônica)

O Homem Deserto Sob o Sol

Romancista

Literatura Amazonense

Literatura de Qualidade

Associação Cultural Letra Selvagem

youtube
Destaque Cadastre-se e receba por e-mail (Newsletter) as novidades, lançamentos e eventos da LetraSelvagem.

Críticas

Fonte maior
Fonte menor
O hai-kai brasileiro de Olga Savary
Página publicada em: 26/07/2008
Gerardo Mello Mourão*
"Num fio de navalha, entre o diáfano e o espesso", o "conhecimento lírico" de Olga Savary se expressa em seus hai-kais (Prefácio a "Hai-Kais" - 1977/1986)
O hai-kai está para a poesia japonesa como o soneto está para a poesia ocidental: – é um cânon melódico para a expressão poética. Mais do que o soneto, com suas duas quadras e três tercetos, o hai-kai busca uma quintessência da expressão poética no terceto único, no rigor de dezessete sílabas, com o primeiro verso de cinco, o segundo de sete e o terceiro novamente de cinco.
 
A composição perfeita tem seduzido também os poetas do Ocidente. No Brasil, o primeiro exemplo é, desde logo, o do poeta Oldegar Vieira, que já nos anos 30 dava seu admirável Folhas de Chá, com uma preciosa antologia de hai-kais ortodoxamente construídos sobre o metro de cinco-sete-cinco.
 
Nem sempre será ortodoxo, no escandir do metro, o hai-kai que agora nos oferece Olga Savary. Mas o soneto, em todas as nossas literaturas, tem sido trabalhado também fora dos rigores canônicos que nos vêm dos italianos, sobretudo Petrarca, sem que com isso se tolde a lírica beleza de sua forma. É o que ocorre com os hai-kais dessa admirável poeta Olga Savary.
Ela guarda, com mestria maior, aquilo que os haikaistas definem como a virtualidade poética típica do hai-kai: – o conhecimento lírico que nos situa como “num fio de navalha, entre o diáfano e o espesso”.
 
Bashô ou Kikaku, os grandes mestres japoneses do hai-kai poderiam deleitar-se com o contraponto do hai-kai brasileiro de Olga Savary, que guarda a “inuberância” – para usar uma palavra rilkeana – do cânon milenar de dezessete pés métricos. Cada um caindo sobre nós, lapidado como um cristal, mas também vivo como uma gota de orvalho, na brevidade de sua expressão. Como uma gota de poesia.
 
__________________
*Gerardo Mello Mourão é poeta, escritor e crítico

Faça seu comentário, dê sua opnião!

Imprimir
Voltar
Página Inicial

Autores Selvagens

Autor

» Mariano Azuela

Escritor mexicano do século XX dos mais fecundos, de aguçada preocupação social; seus romances rompem os limites do gênero épico e constituem-se num marco inquestionável da Literatura latino-americana. Na apresentação desta primeira edição brasileira de "Os de baixo", outro grande escritor mexicano, Carlos Fuentes, escreve: "Debaixo dessa lápide de séculos saem os homens e mulheres de Azuela: são as vítimas de todos os sonhos e todos os pesadelos do Novo Mundo".

Colunas e textos Selvagens

© 2008 - 2021 - Editora e Livraria Letra Selvagem - Todos os Direitos Reservados.