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O fazedor de sonhos
Página publicada em: 05/06/2017
Carlos Nejar
"Entre solilóquios e monólogos interiores, na mágica da escrita que acorda os sentidos e os mitos", é o que escreve o poeta, crítico e tradutor Carlos Nejar, a respeito de "Choro por ti, Belterra!", o novo livro do paraense Nicodemos Sena. (Resenha publicada originalmente no jornal "A Tribuna", Vitória, ES, 14.05.2017). Leia na íntegra.
Não sei se os sonhos nos fazem, ou nós fazemos os sonhos. Jorge Luís Borges tem um livro antológico chamado O Fazedor.
 
E recordo a propósito, Nicodemos Sena, misto de editor e escritor. Se o genial argentino julgava ter Kafka parte da memória humana, todos nós, mais ou menos, a carregamos. E Nicodemos não se contenta em editar essa memória, também a escreve como admirado ficcionista desde A noite é dos pássaros, ou A espera do nunca mais.
 
Ou A mulher, o homem e o cão, ou recentemente Choro por ti, Belterra!, onde a Amazônia é saga, os seres da floresta seu exuberante relato, seres esquecidos, em vida precária, que correm como um rio nos textos. Humanos, sofridos, lúcidos, resistentes.
 
Nesse seu último livro, Nicodemos revela na presença de seu pai, a terra , "A Belterra” numa mescla sábia de gêneros, ora crônica, ora história, ora poesia, ora espetáculo narrativo deste Brasil profundo, de aventureiros, que foi tema de Márcio Souza e Milton Hatoum.
 
Entre solilóquios e monólogos interiores, na mágica da escrita que acorda os sentidos e os mitos. Suas veredas possuem muitos olhos e é do sortilégio de ver e de conscientizar. Porque a realidade explode, como T. S. Eliot assegura. E de explodir, nos ilumina.
 
Falei também do editor prodigioso de “LetraSelvagem”, com amor entranhado pela literatura que se cria, entre nós, buscando nomes importantes e marginalizados, um romancista da estirpe de um Ricardo Guilherme Dicke, o visionário e inventor Vicente Cecim, “A Selva Trágica” de Hernâni Donato. Ou “Gente Pobre” de Dostoiévski, entre outros.
 
E o que é raro, não busca o lucro, nem fortuna, busca desvendar o filão de ouro da melhor criação contemporânea, num tempo difícil em que a miragem midiática tenta sufocar a palavra. Esse amor, essa generosidade, essa crença no futuro e na cultura é pouco encontrável, salvo entre os que têm a fala da terra, a memória misteriosa da selva, o espírito das fábulas e ousam povoar coletivamente os sonhos.
 
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*CARLOS NEJAR é escritor da Academia Brasileira de Letras, autor, entre outros, de Os viventes e O livro do peregrino

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» António Cabrita

António Cabrita ainda é uma novidade para o público brasileiro, mas não para a crítica do Brasil, que acompanha os passos desse importante e irrequieto escritor português. Adelto Gonçalves, doutor em Literatura Portuguesa pela USP-Universidade de São Paulo, afirmou: “Este português de Almada (1959) foi para Maputo (Moçambique) há poucos anos, numa época em que raros lusos se dispõem a ir para a África e os que de lá retornaram choram até hoje o ‘império colonial derramado’. Não se arrependeu, pois encontrou material, o chamado ‘tecido da vida’, para escrever novas e surpreendentes histórias como estas que o leitor brasileiro tem a oportunidade de conhecer”. E Maurício Melo Júnior, que é escritor, crítico e apresentador do programa Leituras da TV Senado, escreveu a respeito do romance "A Maldição de Ondina", que marca a estreia de António Cabrita no Brasil: “António Cabrita traz a capacidade de domar o espírito aventureiro e conservador de Portugal. E isso é o cerne de nossa alma universal”.

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