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As mulheres no poder
Página publicada em: 21/11/2014
Manoel Hygino dos Santos
Um livro sobre três corajosas mulheres da Antiguidade, escrito por outra mulher tão destemida quanto as biografadas, conforme nos informa o cronista Manoel Hygino dos Santos (texto publicado originalmente no jornal "Hoje em Dia", 20/11/2014, Belo Horizonte)
Tem o Brasil Dilma na Presidência, assim como na Argentina, Cristina, repetindo Evita e Estelita, esposa de Perón. As mulheres não deixam por menos e assumem o poder, como aconteceu com Indira Gandhi, na Índia, e Golda Meir, em Israel. Ainda em nosso tempo, estão Angela Merkel, na Alemanha, dirigindo a poderosa nação da Europa, e Bachelet, no Chile. Elas não quiseram, ou não querem, viver à margem dos acontecimentos políticos.
 
Uma escritora atual tratou do tema em Rainhas da Antiguidade – Sedução e Majestade, editado pela LetraSelvagem, de Taubaté (SP), terra de onde partiu Fernão Dias Pais para a aventura bandeirante em Minas Gerais, como se aprendia em colégio.
 
O livro é de Dirce Lorimier Fernandes, doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Depois de experiência em literatura infantil e de aprofundar-se no problema da intolerância religiosa (A Inquisição na América, 2004), ingressa em campo novo e até certo ponto pouco explorado, com “Rainhas da Antiguidade”.
 
São mulheres de outros tempos que, como as do presente, decidiram desafiar o sistema controlado pelos homens.
 
Assim, aparecem a rainha Elisa, musa de Virgílio e que imperou no norte da África; Cleópatra, rainha do Nilo, e Zenóbia, rainha do Deserto. Da segunda, muito se soube, amante dos imperadores romanos César e Marco Antônio, inspiradora de criações históricas de Shakespeare, revivida em filmes de Hollywood; e a terceira, pujante figura, no dizer da autora, que se celebrizou ao ser derrotada por Aureliano.
 
Dirce resume: “A antiguidade assinala em Elisa, Cleópatra e Zenóbia uma tríade de poderosas rainhas, cujo status foi adquirido em circunstâncias análogas, pois as mulheres das classes sociais elevadas sempre mantiveram os seus privilégios; eram regentes e reinavam na ausência dos maridos”, como aliás observou Maria do Sameiro Barroso, em A glória das mulheres de cabelos ondulados – Algumas reflexões sobre a história das mulheres na Antiguidade.
 
O sexo feminino se impôs no campo político, econômico, administrativo, no exercício do jogo perigoso do poder. Mais recentemente, a ascensão se deveu à possibilidade democrática, antes restrita aos homens, mas abrindo acesso da mulher ao comando das nações.
 
Dirce Lorimier propõe “evidenciar a trajetória de algumas personagens que atuaram em diferentes sociedades que fornecem elementos para se compreender o quadro cultural que envolvia o papel feminino, muitas vezes depreciado em função da subjugação masculina”, sendo raras as civilizações antigas em que a mulher alcançou posições sociais importantes.
 
Lembre-se, com a autora: “A marcante hierarquia masculina era plenamente aceita na sociedade, sendo o homem possuidor tanto de sua mulher como de sua descendência e de seus criados”.
 
No tempo antigo, as três focalizadas souberam contrapor-se aos costumes e venceram a luta, usando – como a egípcia – a sedução. Elisa, Cleópatra e Zenóbia se apoderaram do trono pela sucessão de fatos políticos, “tornando-se afinal mito”. Bom tempo para evocar as personagens célebres e comparar tempos e situações.
 
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Manoel Hygino dos Santos é escritor, membro da Academia Mineira de Letras 

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Autor

» Erorci Santana

Erorci Santana (Erorci Ferreira Santana) nasceu em 23 de junho de 1960, no distrito de Penha do Cassiano, Comarca de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais, Brasil. Conforme escreve escritor e crítico Ronaldo Cagiano nas orelhas do livro: "Com O tambor subterrâneo, verdadeira arqueologia de olhares e sentidos, Erorci Santana consolida-se como escritor (...). Seu talento e versatilidade são comprovados pelo sofisticado trabalho dessa escritura que faz um encontro entre tradição e vanguarda, impondo-se pela universidade e abrangência temática e por um peculiar sentimento do mundo, integrando a linhagem daqueles verdadeiros estilistas, comprometidos com uma arte de alto nível".

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