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Críticas

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Morte em Maputo
Página publicada em: 27/03/2012
Manoel Hygino dos Santos
A respeito do romance "A Maldição de Ondina", do escritor português radicado em Moçambique, António Cabrita: "Aí está uma história que são muitas, ficção e realidade, compreendendo ainda o pensamento e o sentimento, venturas e desventuras, alegrias e decepções das gentes de Moçambique depois de sua autonomia".(Resenha publicada originalmente no jornal "Hoje em Dia", 14/02/2012, Belo Horizonte, MG)
António Cabrita, escritor português que reside em Moçambique há seis anos, foi impedido de vir ao Brasil para lançamento de A Maldição de Ondina. O empecilho foi do lado de lá do planeta, até porque ele já estivera por aqui. Mas o livro já chegou e está nas livrarias, mesmo sem lançamento. Ainda bem. Porque o seu romance é de excelente elaboração e contribui para que o Brasil conheça mais Moçambique, a cultura e o povo que habita a antiga colônia portuguesa em África. Aí está uma história que são muitas, ficção e realidade, compreendendo ainda o pensamento e o sentimento, venturas e desventuras, alegrias e decepções das gentes de Moçambique depois de sua autonomia.
 
O escritor soube captar muito da alma moçambicana, apresentando um relato vívido das incertezas e esperanças de quem tanto confiou nas promessas dos agentes da Independência. O ambiente mudou, e o volume revela em que mudou, como mudou, quem é o povo de lá.
 
Nicodemos Sena, também escritor, brasileiro da Amazônia, ao dedicar-se à atividade editorial em São Paulo, propôs-se oferecer ao público um tipo de literatura nem sempre propiciado ao leitor brasileiro. Neste A Maldição de Ondina, ele fez questão de redigir as orelhas, numa demonstração de seu especial interesse pela obra e por seu sucesso, na edição LetraSelvagem.
 
Há muitas coisas, para não dizer de tudo, na obra lançada. Amor, complexas relações, que envolvem brancos e negros; a corrupção política; a atividade, hoje universal, dos traficantes de drogas; crimes, inclusive hediondos, erotismo, que dá margem até a cenas e ao calão, pois Cabrita não se importa em soltá-los. Fazem parte do tema e dá ideia mais exata dos costumes daquele pedaço do mundo.
 
No prefácio de Maurício Melo Júnior, crítico e professor, ele observa que o autor "engarrafa a alma do leitor num ambiente onde se respira lusofonia, mesmo quando Rita Hayworth dança numa sala de Moçambique". Aliás, há de atentar para o linguajar dessa ficção, com palavras que merecem "tradução" em pés-de-página, não constantes de nosso vocabulário e nos remetem a distante passado. Um romance, enfim, com palavrinhas e palavrões, mas capaz de prender o leitor da primeira à última página. Adelto Gonçalves, professor da USP, em posfácio, acrescenta informações necessárias para que o leitor apressado tenha condições de perceber as nuances dos jogos de amor entre personagens fascinantes: como o escritor César, sua amante Argentina, sua namorada Beatriz, o amigo policial Raul, morto numa emboscada em Quelimane, vítima de possível intriga política. César, antes de abandonar o país, recebeu a incumbência de levar o filho de Raul, a fim de preservar-lhe a vida.
 
As duas mulheres se resignam a permanecer em Moçambique, com todos os seus problemas, exatamente quando a negra Argentina confiava em casar-se com o escritor, quase à véspera de ela conquistar o título de mestrado. Enfim, um livro sobre amor, aventura e coragem, que fica muito bem para seu autor.
 
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*Manoel Hygino dos Santos é jornalista, crítico e escritor, membro da Academia Mineira de Letras

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Autor

» Silas Corrêa Leite

Começou a escrever aos 16 anos, no jornal "O Guarani", de Itararé, no Estado de São Paulo. Autor do hino ao Itarareense e relator da ONG Transparência nas Políticas Públicas. Crê no humanismo e critica o "Brasil S/A". Vê a arte como instrumento de libertação (Manuel Bandeira); seus textos apresentam-se como um testemunho das amarguras de seu tempo de lucros globalizados e injustos e riquezas impunes de um neoliberalismo insano de privatarias e o inumano neoescravismo da terceirização.

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