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O fabulista Nicodemos Sena
Página publicada em: 05/08/2011
Franklin Jorge
"Ao peso do sonho e da insônia, a alma do homem vem à tona nesses escritos de Nicodemos Sena e nos arrasta às profundezas submersas das fabulações remanescentes de um tempo ainda imerso em brumas mitológicas" (Resenha publicada originalmente no Portal O SANTO OFÍCIO em 28/07/2011: http://www.osantooficio.com/2011/07/28/o-fabulista-nicodemos-sena/)
A literatura morreu. A literatura de qualidade, bem entendido, substituída que foi por uma produção apressada e inconsistente que, desde o famigerado “boom do conto”, nos anos setenta do século passado, decretou o seu desmantelamento. A literatura foi assoberbada por uma horda de engodos e artifícios vanguardísticos alheios ao prazer íntimo e intelectual que deve proporcionar e intensificar a leitura.
 
Porém, de suas cinzas, eis que surge surpreendentemente, uma vez ou outra, sem prévio aviso – um novo e impactante prodígio literário nos proporciona o talento e a renovação – e, em sua inteireza, substantitividade e temperamento, nos restitui o primado da criação, restaurado em plenitude, paixões, metafísica e comunicabilidade.
 
Como agora, segundo a leitura do paraense Nicodemos Sena, cuja metaficção inaugura um modo novo e personalíssimo de resgatar a autenticidade da escritura e a saúde da literatura, sem transigir com os artificialismos ressecantes, em tudo resultantes da subserviência a modismos ditados pela indústria cultural descartável.
 
Nicodemos Sena, escritor cônscio do que cria, tece com sobriedade e eficácia notáveis os caminhos de uma literatura que surge com a força elementar da lua nova; uma literatura que tece uma teia de mitos e fabulações carismáticas, expandindo-se em enigmas, incrustados em O Homem, a Mulher e o Cão, seu último romance publicado pela LetraSelvagem.
 
Expoente de uma tradição que se requinta num estilo que prende e cativa o leitor desde o primeiro parágrafo da sua neoprosopopeia amazônica, Nicodemos Sena nos faz mergulhar na fluidez de um estilo de grande oralidade que o inscreve no universo misterioso dos confabulatori nocturni.
 
Sua narrativa, estribada em sólida cultura, pressupõe técnica, ou seja, domínio da linguagem e pesquisa. Romance já descrito por Christina Ramalho como um caleidoscópio, O Homem, a Mulher e o Cão celebra, assim, o enigma da vida e do mito que é tudo, como diria Fernando Pessoa, em seu apoderamento do mundo. Ao peso do sonho e da insônia, a alma do homem vem à tona nesses escritos de Nicodemos Sena e nos arrasta às profundezas submersas das fabulações remanescentes de um tempo ainda imerso em brumas mitológicas.
Não vês?
 
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* Franklin Jorge é jornalista e escritor

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Autor

» Álvaro Alves de Faria

Já em 1971, ano da primeira edição do romance "O Tribunal" (Editora Martins-SP), Álvaro Alves de Faria, com apenas 29 anos de idade (nasceu em São Paulo em 1942), era considerado “um dos escritores jovens mais conceituados” do Brasil, como informa o jornalista Durval Monteiro nas orelhas do livro. Da Geração 60 de Poetas de São Paulo, Álvaro Alves de Faria publicou mais de 50 livros, incluindo poesia, novelas, romances, ensaios literários, livros de entrevistas com escritores e é também autor de peças de teatro, entre elas "Salve-se quem puder que o jardim está pegando fogo", que recebeu o Prêmio Anchieta para Teatro, um dos mais importantes dos anos 70 do Brasil. Como poeta, recebeu os mais significativos prêmios literários do país. É traduzido para o inglês, francês, japonês, espanhol, italiano, servo-croata e húngaro.

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